Conselhos aos professores para intervenção escolar –
Dislexia
O professor deve ter em conta, no
primeiro ciclo, que a criança disléxica possui:
-uma
capacidade fraca de sequencialização das atividades;
-uma exígua
capacidade de discriminação de memória auditiva;
-uma fraca
capacidade de discriminação e memória visual;
- uma
escassa memória de curto prazo.
Deste modo, o
professor deve:
-
promover a autoconfiança da criança,
atendendo a que o aluno disléxico tem uma baixa autoestima, em virtude da soma
de fracassos que diminuíram a sua confiança;
-
concentrar as actividades nas suas realizações, incentivando os esforços, ao
invés de focar a atenção exclusivamente nos problemas académicos.
-promover
a realização de trabalhos com supervisão (do professor, ou de um colega da
turma), para que a correção (por exemplo, da leitura)seja imediata, evitando
enfatizar demasiado os erros produzidos.
- verificar se o aluno copiou
devidamente, para o seu caderno, a informação registada no quadro.
Se o aluno tem uma fraca memória de
curto prazo, será mais proveitoso que as instruções/ordens ou indicações sejam
mais limitadas, sob o ponto de vista verbal, optando o professor por
veiculá-las por escrito, por exemplo, registando-as no quadro.
A falta de concentração pode ser
minorada se o aluno disléxico for sentado, em frente ao quadro, na primeira
fila.
Conselhos para
intervenção:
- apresentar as tarefas, que se
pretende que o aluno realize, de forma faseada e com sequencialidade, ao invés
de apresentar a tarefa na sua globalidade;
- atendendo a que o aluno disléxico
demorará mais tempo a executar as actividades propostas, deve dar-se mais tempo
para que as termine e reformular-se
algumas perguntas/tarefas, explicitando com objetividade o que se pretende que
seja feito com determinado exercício.
- deve vigiar-se a postura, no ato
de escrita: posição do corpo, face à folha de papel e monitorizar a pega
(tripoide dinâmica) correta do lápis/caneta.
- incentivar a escrita em letra
cursiva, que proporcionará ao aluno, pelo treino, a memória das formas em
movimento.
- acompanhar o aluno em cada tarefa,
supervisionando-a. Antes de ele começar a executar a actividade, certificar-se
se compreendeu efetivamente o que se pretende com a tarefa proposta.
- utilizar técnicas de
ensino-aprendizagem multissensoriais, para que a informação seja efetivamente
assimilada pelo cérebro.
- dar ao aluno disléxico tempo para
pensar, já que o seu tempo de recuperação pode ser curto
- fomentar estratégias
diversificadas para que o aluno disléxico recorde as tarefas: diagramas;
esquemas; gráficos; gravações; computador….
- soletrar as palavras, ao invés de
corrigir a sua leitura, na totalidade, pios assim ensina-se o aluno a
‘construir’ as palavras.
-ensinar estratégias com mnemónicas.
Para ajudar no trabalho de memoriação/recordação.
Fonte:"La
dislexia escolar. Algunas consideraciones actuales respecto a su intervención
escolar”, Elena
Hernandez de la Torre.
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