terça-feira, 2 de julho de 2013

Conselhos aos professores para intervenção escolar – Dislexia


Conselhos aos professores para intervenção escolar – Dislexia


 

 

O professor deve ter em conta, no primeiro ciclo, que a criança disléxica possui:

 

-uma capacidade fraca de sequencialização das atividades;

-uma exígua capacidade de discriminação de memória auditiva;

-uma fraca capacidade de discriminação e memória visual;

- uma escassa memória de curto prazo.

 

Deste modo, o professor deve:

            - promover  a autoconfiança da criança, atendendo a que o aluno disléxico tem uma baixa autoestima, em virtude da soma de fracassos que diminuíram a sua confiança;

            - concentrar as actividades nas suas realizações, incentivando os esforços, ao invés de focar a atenção exclusivamente nos problemas académicos.

            -promover a realização de trabalhos com supervisão (do professor, ou de um colega da turma), para que a correção (por exemplo, da leitura)seja imediata, evitando enfatizar demasiado os erros produzidos.

- verificar se o aluno copiou devidamente, para o seu caderno, a informação registada no quadro.

Se o aluno tem uma fraca memória de curto prazo, será mais proveitoso que as instruções/ordens ou indicações sejam mais limitadas, sob o ponto de vista verbal, optando o professor por veiculá-las por escrito, por exemplo, registando-as no quadro.

A falta de concentração pode ser minorada se o aluno disléxico for sentado, em frente ao quadro, na primeira fila.

 

Conselhos para intervenção:

- apresentar as tarefas, que se pretende que o aluno realize, de forma faseada e com sequencialidade, ao invés de apresentar a tarefa na sua globalidade;

- atendendo a que o aluno disléxico demorará mais tempo a executar as actividades propostas, deve dar-se mais tempo para que as termine e  reformular-se algumas perguntas/tarefas, explicitando com objetividade o que se pretende que seja feito com determinado exercício.

- deve vigiar-se a postura, no ato de escrita: posição do corpo, face à folha de papel e monitorizar a pega (tripoide dinâmica) correta do lápis/caneta.

- incentivar a escrita em letra cursiva, que proporcionará ao aluno, pelo treino, a memória das formas em movimento.

- acompanhar o aluno em cada tarefa, supervisionando-a. Antes de ele começar a executar a actividade, certificar-se se compreendeu efetivamente o que se pretende com a tarefa proposta.

- utilizar técnicas de ensino-aprendizagem multissensoriais, para que a informação seja efetivamente assimilada pelo cérebro.

- dar ao aluno disléxico tempo para pensar, já que o seu tempo de recuperação pode ser curto

- fomentar estratégias diversificadas para que o aluno disléxico recorde as tarefas: diagramas; esquemas; gráficos; gravações; computador….

- soletrar as palavras, ao invés de corrigir a sua leitura, na totalidade, pios assim ensina-se o aluno a ‘construir’ as palavras.

-ensinar estratégias com mnemónicas. Para ajudar no trabalho de memoriação/recordação.

 

Fonte:"La dislexia escolar. Algunas consideraciones actuales respecto a su intervención escolar”, Elena Hernandez de la Torre.

 

 

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