sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Dyslexia could be diagnosed by MRI brain scan
 
Researchers from MIT have discovered a link between the size of a language-processing area of the brain and poor pre-reading skills in kindergartners. This finding, coupled with an MRI technique, could lead the way for an earlier dyslexia diagnosis.
The study, published in the Journal of Neuroscience, relies on previous research showing that adults with poor reading skills have a smaller, less organized arcuate fasciculus.
According to researchers, this structure of the brain connects two areas integral to communicating: Broca's area, involved in speech production, and Wernicke's area, involved in understanding both written and spoken language.
Until this recent study, it was unknown whether the differences in the arcuate fasciculus were the cause of reading difficulties or the result of little reading experience.
Part of a larger effort that analyzes 1,000 children at schools in Massachusetts and Rhode Island, the study from Massachusetts Institute of Technology (MIT) involved researchers assessing children at the start of kindergarten for pre-reading sounds. This gave them an idea of where each child's pre-reading skills lay.
Child being helped to read by father
Diagnosis of dyslexia may soon be done with a brain scan before children begin to read

Following this assessment, the researchers then invited some of the children to MIT for brain scans that use a technique called diffusion-weighted imaging, a MRI (magnetic resonance imaging).
The study published in the Journal of Neuroscience utilizes brain scans from 40 children.

 

Phonological skills and dyslexia

Upon comparing the brain scans with results of pre-reading tests, the researchers noticed a link between the size and organization of the arcuate fasciculus and performance on phonological awareness tests.
Phonological awareness refers to the ability to identify and employ the varying sounds of language. This ability, the researchers note, can be measured by observing how children segment, identify and rearrange sounds to make them into new words.
Elizabeth Norton, one of the lead authors of the study, says: "The first step in reading is to match the printed letters with the sounds of letters that you know exist in the world."
The researchers add that since the arcuate fasciculus connects Broca's area and Wernicke's area in the brain, a larger and more organized one could help the two regions communicate better. It could link both speech production and the ability to understand written or spoken language in a more efficient way.
For senior author John Gabrieli, the study introduces a question:

"We don't know yet how it plays out over time, and that's the big question: can we, through a combination of behavioral and brain measures, get a lot more accurate at seeing who will become a dyslexic child, with the hope that that would motivate aggressive interventions that would help these children right from the start, instead of waiting for them to fail?"
The researchers conclude that for some dyslexic children, offering early training with phonological skills can help with their reading skills later on.
This latest study builds on a 2011 study, also from MIT, which revealed that phonological impairment could cause dyslexia.

Written by Marie Ellis
Copyright: Medical News Today

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Dislexia rima con excelencia

Luz Rello, mejor investigadora joven de Europa, elegida por el European Young Researchers Award (EYRA). Licenciada en Lingüística por la Universidad Complutense de Madrid, actualmente se encuentra realizando la tesis doctoral en la Universitat Pompeu Fabra, de Barcelona, en DysWebxia que versa sobre la accesibilidad en Internet para personas con dislexia.


La propia Luz Rello es disléxica y en el reportaje de 20 minutos cuenta sus dificultades con la lectura de pequeña. No obstante, y como prueba de que la dislexia no es una imposibilidad de alcanzar algo, en su página web encontramos, entre otras actividades, distintas a la científica, el ser autora de una obra de teatro estrenada en Madrid en 2005: Blancanieves y te sacarán los ojos; y el relato corto Hasta que la sangría nos separe, que podéis leer aquí: http://www.luzrello.com/Personal_files/luz_rello_sangria_story_mephisto_2010.pdf

 Noticias como esta son las que nos dan ánimo y esperanza en este mundo de las dificultades de aprendizaje. La dislexia, lo hemos dicho en diferentes ocasiones, es una dificultad, no una imposibilidad y, además, rima con excelencia, la que ha conseguido esta joven investigadora. ¡Enhorabuena Luz!

in http://dislexianews.blogspot.pt/

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Acções automáticas e acções intencionais
são um “2 em 1” no nosso cérebro

Rui Costa publica na Nature Communications

2013-08-06
 
 
 
“Carregar no botão do elevador do nosso local de trabalho é, ao fim de algumas viagens, uma acção automática - um hábito. Mas, e se tivermos de usar um elevador onde nunca entrámos? Nesse caso, carregar no botão passa a ser uma acção intencional.”
É com este exemplo que Rui Costa, investigador do Programa Champalimaud de Neurociências, explica a importância de podermos, no nosso dia a dia, alternar entre acções automáticas e intencionais, de forma rápida e correcta. 
Desvendar o circuito neural que está na base desta capacidade que, de certo modo, nos permite quebrar hábitos, foi o ponto de partida do estudo conduzido por Rui Costa e Christina Gremel, na Fundação Champalimaud em Portugal e no NIAAA, National Institutes of Health (NIH) nos EUA, e que é hoje, 6 de Agosto, publicado na revista Nature Communications.

Para este estudo foi desenvolvida uma tarefa na qual os ratinhos alternavam as suas acções intencionais e habituais. Esta tarefa permitiu, pela primeira vez, examinar quais as regiões do cérebro responsáveis pela quebra de hábitos. Estudos anteriores já haviam demonstrado que as acções intencionais são controladas pela região mais medial do estriado e que as acções automáticas são resultado da actividade neural na região mais dorsal desta mesma área do cérebro.

@@O que este estudo vem agora revelar é que existe uma área do córtex - área órbito-frontal - fundamental para a alternância entre os dois tipos de acções. Rui Costa explica que “quando inibimos neurónios da área órbito-frontal do córtex de ratinhos, conseguimos reduzir as suas acções intencionais. Já quando estes mesmos neurónios, através de uma técnica chamada optogenética, observamos um aumento selectivo das acções intencionais.”

Para este investigador, os resultados deste estudo sugerem “algo extraordinário pois os mesmos circuitos neurais funcionam de uma forma dinâmica, permitindo a aprendizagem de acções automáticas e intencionais em paralelo.”

A descoberta desta função da área órbito-frontal do córtex poderá ter importantes implicações clínicas, nomeadamente ao nível da neuropsiquiatria, uma vez que é uma das áreas afectadas nos pacientes com distúrbio obsessivo-complusivo.

terça-feira, 27 de agosto de 2013


Estudo conclui que existem traços ligeiros de autismo em raparigas com anorexia

 

Através da medição de três quocientes, investigação concluiu existirem semelhanças quando à obsessão por sistemas e detalhes.

Um estudo realizado com raparigas anorécticas revelou que estas manifestaram comportamentos com características ligeiras de autismo, o que pode abrir caminho a novos métodos de tratamento de pessoas que sofrem deste distúrbio alimentar. Segundo Simon Baron-Cohen, que liderou a equipa do Centro de Investigação de Autismo da Universidade de Cambridge, que realizou o estudo, “a mente de uma pessoa com anorexia pode partilhar muito com a mente de uma pessoa com autismo”.

Para esta investigação foram analisados dois grupos de adolescentes. Um com 66 raparigas com anorexia confirmada clinicamente, com idades entre os 12 e os 18 anos. Um segundo grupo era formado por 1609 adolescentes sem o distúrbio alimentar, com o mesmo intervalo de idades. Ambos foram submetidos a testes de medição dos quocientes do espectro de autismo, de sistematização e de empatia.

Quando comparadas com raparigas sem qualquer perturbação no quociente do espectro de autismo, as adolescentes anorécticas mostraram um número de traços autistas acima da média. O mesmo se passou ao ser analisado o seu interesse em repetição de padrões e sistemas com regras previsíveis. Ficaram, no entanto, abaixo da média quanto à empatia, uma característica semelhante, ainda que menos pronunciada, ao verificado em pessoas com autismo.

Segundo o estudo, divulgado esta terça-feira, estas conclusões sugerem que as duas disfunções podem ter em comum traços subjacentes. Simon Baron-Cohen, citado no comunicado publicado pela Universidade de Cambridge, sublinha que “tradicionalmente, a anorexia tem sido vista apenas como um distúrbio alimentar”. O especialista em autismo diz tratar-se de uma conclusão “razoável”, uma vez que “o perigo do baixo peso e o risco de malnutrição ou mesmo morte tem que ser a principal prioridade” em casos de anorexia.

Mas Baron-Cohen argumenta que há novos dados que podem mudar a forma como deve ser abordado um determinado caso de anorexia. “Esta nova investigação sugere que subjacente ao comportamento superficial, a mente de uma pessoa com anorexia pode partilhar muito com a mente de uma pessoa com autismo”.

Semelhanças
O investigador realça depois algumas semelhanças encontradas no estudo, nomeadamente o facto de na anorexia e no autismo existir “um forte interesse em sistemas”. No caso das raparigas com anorexia, estas adoptam sistemas rotineiros centrados no peso, alimentos ingeridos e estrutura do corpo. Surgem assim traços semelhantes quanto à existência de comportamentos e atitudes rígidas ou a obsessão com os detalhes.

Bonnie Auyeung, um dos elementos da equipa que realizou o estudo, sublinha outra das conclusões que podem ser retiradas deste trabalho. A especialista, que trabalha no Departamento de Psiquiatria da Universidade de Cambridge, realça que o autismo é “diagnosticado mais frequentemente nos homens” mas que a “proporção de mulheres com autismo pode estar a ser negligenciada ou mal diagnosticada, por serem casos que chegam às clínicas com sendo de anorexia”.

E de que forma o estudo agora apresentado pode ajudar? Tony Jaffa, outro dos responsáveis pela investigação, explica que, por exemplo, nas anorécticas pode tentar alterar-se os seus interesses obsessivos pelo peso e dietas para uma forma equilibrada de trabalhar o modo como vêem o corpo. “Reconhecer que alguns doentes com anorexia podem também precisar de ajuda com competências sociais e de comunicação e na adaptação à mudança, também nos dá um novo ângulo de tratamento”, defende.

Notícia do Público de 6 de Agosto de 2013.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013


Lectura y Cerebro

 

¿Qué procesos intervienen en nuestra capacidad lectora?

 



La lectura es, además de un placer, un acto sumamente beneficioso para nuestro cerebro, ya que aumenta la capacidad de concentración, promueve la empatía y representa un ejercicio útil para evitar la pérdida de las funciones cognitivas.

 

Leer produce modificaciones en la anatomía cerebral, favoreciendo las conexiones nerviosas, ya que aumenta notablemente la actividad cerebral, especialmente en el hemisferio izquierdo. Cuando leemos una palabra aislada, se estimulan numerosas zonas del cerebro y cuando tratamos de comprender un texto, nuestro cerebro completa los datos del mismo con la propia experiencia e imaginación. Al leer, somos capaces de recrear situaciones, escenas, rostros o estados emocionales con toda fidelidad, y al hacerlo se estimulan zonas del cerebro similares a las que se activarían si realizáramos ésas mismas acciones en nuestra vida real.

 

La lectura es una capacidad humana aprendida, que requiere de un trabajo conjunto de retina y cerebro para la captación de las imágenes de las letras, su agrupación en sílabas y su posterior procesamiento del significado de las palabras. Desde la aparición relativamente reciente de la escritura, hace 5.400 años, nuestro cerebro y nuestro sistema visual han requerido de una adaptación para el reconocimiento de los caracteres que la componen. Gracias a este trabajo conjunto entre retina y el cerebro somos capaces de descifrar la escritura y entender su significado. Para ello, la fóvea, área central de la retina, recibe la información visual. La fóvea es la única parte de la retina que tiene una alta concentración de células fotorreceptoras sensibles al color, mientras que el resto de la retina contiene células fotosensibles monocromáticas, especializadas en la captación del movimiento. Es por ello que la fóvea es la parte de la retina encargada de la visión en alta resolución. Al ser su diámetro aproximado de 0.5 milímetros, sólo abarca un campo visual de 15 grados, por lo que sólo somos capaces de reconocer entre siete y nueve letras al mismo tiempo. Como resultado, y aunque no somos conscientes de ello, leemos mediante movimientos rápidos del ojo, de entre 20 y 200 milisegundos, denominados movimientos sacádicos, que nos permiten detectar las partes relevantes y construir nuestro mapa mental. Cada movimiento sacádico transmite información al cerebro a través del nervio óptico, conservando también la información relativa al brillo y al contraste. Para que fuéramos capaces de captar una escena completa en alta resolución, el diámetro de nuestro nervio óptico debería ser mayor que el diámetro del propio nervio ocular.

 

En los momentos previos a los movimientos sacádicos del ojo, se produce lo que se llama enmascaramiento sacádico o supresión sacádica, fenómeno causante de que, pese a percibir las imágenes de manera discontínua, no tengamos la sensación de que momentáneamente se ha interrumpido la trasmisión de información al cerebro. Para observar este fenómeno, podemos realizar un simple experimento consistente en situarnos a unos 45 cm de un espejo y observar nuestros ojos de manera sucesiva. No conseguiremos captar el movimiento de los ojos, pero tampoco tendremos la sensación de que la imagen ha sido interrumpida en ningún momento.

 



En el aprendizaje de la lectura juega un papel fundamental la región del lóbulo occipito-temporal izquierdo, situado en la parte trasera de la cabeza, detrás de la oreja izquierda. Hasta hace unos años, se sabía que esta región tenía implicaciones durante la lectura, ya que se activaba al realizar esta actividad, pero ahora sabemos que no sólo está implicada, sino que es indispensable para ella, ya que su extirpación provoca fallos tanto en la lectura como en su comprensión. Los estudios realizados al respecto muestran que todas las personas, independientemente del idioma o del grado de aprendizaje lector, muestran activación en esta zona durante la lectura, incluso en el caso de los textos en árabe o en hebreo, que se leen de derecha a izquierda.

 

Es sorprendente a este respecto que un elemento cultural como es la lectura, muy reciente en términos de evolución e innecesario para la supervivencia de la especie, ha acabado teniendo un espacio propio en el cerebro.

 

Al igual que la capacidad de leer no es innata, sino aprendida, esta habilidad se puede mejorar con entrenamiento hasta cierto límite. Las personas que tienen la lectura como hábito pueden llegar a leer entre 400 y 500 palabras por minuto, pero este límite es difícilmente superable por las características biológicas propias de la fóvea.

 

Los investigadores temen que los hábitos creados por las nuevas formas de comunicación produzcan una alteración de la capacidad de concentración  en la lectura, debido al poco vocabulario que se maneja y las abreviaturas utilizadas, y que esto desemboque en que evolucione de manera negativa nuestra capacidad lectora y con ello mermen los beneficios que provoca en nosotros la lectura, tales como el incremento del vocabulario, la mejora en la ortografía, el perfeccionamiento en la manera de hablar, las habilidades sociales, la capacidad de síntesis o la empatía. De la misma forma, el aumento de las horas que la media de la población dedica a ver la televisión, va en detrimento del proceso mental más complejo que requiere la lectura, ya que en la mayoría de programas prima más la espectacularidad que el contenido, y el espectador es un mero elemento pasivo en contra de lo que ocurre con la lectura, donde participa activamente.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013


  
 
 
 
 
 

Notícia do site TEK de 26 de Julho de 2013.

O bom senso já o dizia, mas um estudo publicado no jornal BMC Public Health comprova que quanto maior a utilização de dipositivos eletrónicos menor é a duração dos ciclos de sono, causando perturbações nos ritmos de aprendizagem.

O estudo foi realizado na Finlândia, onde investigadores do Folkhälsan Research Center analisaram os hábitos de uso de TVs, computadores e telemóveis de crianças entre os 10 e os 11 anos, assim como os seus padrões de sono.

As conclusões agora publicadas revelam que os jovens que passam mais tempo a ver TV ou no computador dormem menos e deitam-se mais tarde, mostrando-se muitas vezes cansados e com dificuldade em adormecer.

Segundo o estudo, a quantidade de horas de sono tem uma ligação direta com o desempenho escolar e a saúde física e psicológica e o uso intenso de equipamentos eletrónicos torna-se prejudicial.

A investigação realizada mostra que as crianças que têm TV ou computador no quarto deitam-se mais tarde nos dias de escola e ao fim de semana, o que resulta em menos horas dormidas, apesar das raparigas mostrarem alguma recuperação ao fim de semana, dormindo mais horas à medida que crescem.

Esta é apenas uma das diferenças identificadas entre os hábitos das raparigas e dos rapazes analisados no estudo, verificando-se também que os rapazes têm tendência para usar o computador até mais tarde.

Teija Nuutinen, que liderou o estudo, defende que os hábitos de utilização destes equipamentos têm de ser revistos, sobretudo porque os adolescentes têm necessidade de dormir mais horas. “Os hábitos de media têm de ser revistos nas crianças que estão cansadas e que têm dificuldade em se concentrar, ou que revelam problemas de comportamento causados por falta de sono”, afirma.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013



2ª edição
LISBOA|
 18 e 19 Outubro 2013
3ª edição
PORTO| 24 e 25 Janeiro 2014 

Docente: Mestre Susana Capitão


Destinatários: Estudantes Universitários de Terapêutica da Fala; Terapeutas da Fala e outros profissionais com interesse mediante avaliação curricular.


APRESENTAÇÃO:

A surdez é a alteração sensorial mais comum no ser humano. Estima-se que, aproximadamente, 4% de indivíduos com menos de 45 anos e 29% com 65 ou mais anos tenham défice auditivo.Um dos problemas que podem surgir nas crianças com surdez é a não existência de comunicação verbal, o que torna necessário um conhecimento aprofundado sobre as ajudas auditivas existentes.Este curso irá abordar os aspectos anatómicos e fisiológicos que originam a surdez e dar ferramentas ao Terapeuta da Fala para conduzir a forma de intervenção.

 

OBJETIVOS:
Adquirir noções anatómicas e fisiológicas da mecânica da audição.
Aumentar o conhecimento das ajudas técnicas existentes e suas respectivas aplicabilidades.
Dar a conhecer os instrumentos e formas de avaliação existentes.
Explicar os modelos de intervenção existentes e opções de comunicação na surdez.
Aumentar o conhecimento sobre o papel da família na intervenção.

 

METODOLOGIA DE ENSINO:
O curso será organizado numa perspectiva teórico-prática, com suporte audiovisual e participação activa do formando. Com incidência na apresentação e discussão de temas específicos de Avaliação e Intervenção e apoio ao trabalho desenvolvido pelo aluno. 


CERTIFICADO
O Certificado de Formação Profissional é emitido sempre que os formandos atinjam os objetivos pedagógicos que figuram no programa do curso de formação. Os formandos terão de frequentar pelo menos 75% do número total de horas da formação.



 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

III Congresso Internacional Educação Inclusiva e Equidade


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                                31 out. 1 e 2 nov. 2013

              Local: Aula Magna do Instituto Piaget de Almada (Lisboa)


Valores de inscrição:
- Sócios da Associação 
Antes de 30 de setembro de 2013 - 40 euros
Depois de 30 de setembro de 2013 - 60 euros

   - Não Sócios da Associação:
Antes de 30 de setembro de 2013 - 60 euros
Depois de 30 de setembro de 2013 - 80 euros

   - Para Estudantes em 2012/2013 e/ou 2013/2014 a Inscrição realizada (sujeito a comprovação):
Antes de 30 de setembro de 2013 - 40 euros
Depois de 30 de setembro de 2013 - 60 euros
 


 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Falta sentido de futuro ao sistema de ensino português
 
 
 
 
O ministro da Educação do Governo de Durão Barroso é o novo presidente do Conselho Nacional de Educação, um órgão consultivo da Assembleia da República. Promete um mandato de mudança com uma palavra-chave: rigor
David Justino, de 60 anos, professor universitário de Sociologia, consultor de Cavaco Silva, ex-ministro, ex-deputado e ex-autarca do PSD, tem uma agenda ambiciosa para as suas novas funções à frente do Conselho Nacional de Educação (CNE) e quer sobretudo que se faça ali o que também exige nas aulas: opiniões são bem-vindas, desde que sejam fundamentadas e apoiadas em estudos. Ter uma lei de bases do sistema educativo virada para o futuro é um dos seus objectivos. Defende que as escolas têm de deixar de ignorar as necessidades do mercado de trabalho e que devem poder escolher os seus professores. Que não sejam os melhores que lá estejam é algo sobre o qual também quer ouvir o CNE. Também não entende qual a razão que levou Nuno Crato a fixar em 50% a fatia de alunos que quer ter no ensino profissional. E não tem dúvidas de que os alunos estão hoje melhor preparados do que antes.

Quando tomou posse esta semana como presidente do CNE, defendeu ser necessário rever a lei de bases do sistema educativo, aprovada em 1986. O ministro Nuno Crato já fez saber que esta não é uma das suas prioridades, que prefere pequenas mudanças, embora tenha já feito muitas alterações de políticas educativas nestes dois anos. O que, para si, é essencial mudar na lei de bases?

Eu não disse que ia rever a lei de bases, o que disse é que a queria avaliar. A decisão ou a iniciativa de a rever pertence à Assembleia da República ou ao ministério, se quiser fazer uma proposta. O que eu entendo é que o CNE deve confrontar a lei existente com aquilo que é o desenvolvimento do sistema educativo e essa avaliação deve ser feita sem pressas, deve produzir conhecimento para que o Conselho possa eventualmente fazer recomendações ao ministério sobre o que necessita de ser mudado por existir um problema de desadequação.

Quer dar um exemplo de problemas de desadequação entre o que está estabelecido na lei e a realidade do sistema educativo hoje?

É um problema que existe desde o modo como está estruturada a carreira docente até à actual configuração da gestão e organização escolar. A organização escolar adquiriu uma dinâmica que não diria que perverteu a lei, mas pelo menos que torneou aquilo que é o espírito e o referencial normativo que a lei representa.

Torneou em que aspectos?

Por exemplo, no caso dos directores [uma figura que não está prevista na lei de 1986]. Na avaliação a fazer, devemos pensar no papel do pilar fundamental do sistema de ensino que é a escola pública. Concebo, no futuro, que o sistema de ensino deve ser diferenciado, tendo diferentes formas de organização e de soluções de acordo não só com as características das escolas como das comunidades onde estão inseridas. Temos de saber até que ponto este processo está ou não a ser limitado pelo quadro institucional existente. O ministro entende que tem margem para poder fazer as pequenas mudanças que julga necessárias com esta lei. É uma decisão política. Ao CNE, porque tem funções de sistema de avaliação do sistema educativo, compete avaliar da adequação da lei de bases ao sistema de ensino, que, desde os finais dos anos 90, mudou muito.

A rede escolar mudou, os problemas de abandono alteraram-se, a escolaridade obrigatória aumentou. Ou seja, o sistema mudou mais rapidamente do que a lei. Sou defensor da estabilidade institucional, mas não devemos esquecer que esta é uma lei de 1986, que foi preparada nos quatro a cinco anos anteriores, numa altura em que os sistemas educativos estavam em expansão, quando o mundo não sabia ainda o que era a globalização e quando os contextos sociais eram completamente diferentes.

Esta lei de bases é conhecida sobretudo por ter preconizado o alargamento da escolaridade obrigatória até aos 15 anos. Em 2009, foi alargada para os 18 anos, mas não se alteraram as condições de certificação escolar. Para acabar o secundário, e portanto o que é agora a escolaridade obrigatória, um aluno tem de ter aproveitamento a todas as disciplinas, o que nunca aconteceu no 9.º ano.

O problema de certificação tem de ser ponderado. Uma coisa é dizermos que há dupla certificação, escolar e profissional, outra é esclarecermos quais as condições para a obter, o que nem sempre acontece. Não posso entender o sistema de ensino, como o faz a lei de 1986, como sendo uma espécie de trajecto que todos podem fazer de igual modo. A lei foi construída em torno da escolaridade obrigatória de nove anos e agora ela passou para 12 e então temos que alterar esse artigo da lei, mas também eventualmente a própria concepção da lei.

Para a adequar ao que existe hoje ou também apontando para o futuro?

As leis de bases são, acima de tudo, documentos orientadores do desenvolvimento do sistema de ensino e todos sabemos que a lei de 1986 é um diploma que pensava noutra sociedade, noutro sistema de ensino e o que temos, portanto, de fazer é de reinventar os objectivos, as metas, o que queremos fazer.

Um dos problemas fundamentais do sistema de ensino em Portugal é que lhe falta sentido de futuro. Sei até pela minha experiência como ministro da Educação que há sempre um trabalho, que é insano, de remediar o sistema, de tentar gerir, adequar e optimizar os mesmos recursos. Precisamos de saber para onde estamos a caminhar. Temos de saber que tipo de conhecimento escolar deve promover.

Essa análise que irá propor ao CNE não se aproxima de uma espécie de pacto pela educação?

Fala-se há muito tempo desse pacto. Sempre disse que a melhor forma de estabelecer pactos é a de trabalhar sobre os quadros institucionais e normativos existentes. Avaliar a lei de bases pode ser uma boa oportunidade de estabelecer pontes e construir laços de confiança, mas tal não pode ser feito através de uma visão instrumental do concordo ou não concordo.

Tem de haver um trabalho preparatório, feito com tempo, com rigor, que permita a quem tem de tomar opções que o faça de forma sustentada. Por exemplo, sobre o tipo de conhecimento, de currículo que devemos promover continua por fazer a adequação ao facto de estarmos a caminhar para uma sociedade de conhecimento em que o tipo de competências e perfis de formação será completamente diferente da sociedade industrial que tivemos até há pouco tempo.

Mas todos os ministros da Educação têm feito alterações aos currículos. O actual não escapou à regra.

Numa perspectiva apenas de ajustamento da organização curricular às necessidades imediatas da sociedade e da economia. Quando falo de uma estratégia, aponto para linhas de desenvolvimento capazes de perdurar por vários ministros. Por uma década ou mais. Precisamos de saber para onde vamos e onde queremos chegar.

Falou há pouco da necessidade de se caminhar para um sistema educativo mais diferenciado, o que, de todo, não está contemplado na actual lei de bases, que favorece a homogeneização. Quando fala de diferenciação, está-se a referir à liberdade e escolha das escolas como é praticada nos EUA ou na Suécia? Às chamadas turmas de nível [separação de alunos por nível e conhecimento]?

Este processo passa por uma diferenciação curricular, o que pressupõe a existência de um currículo nacional, que possa permitir às escolas afirmar uma identidade própria. Também entre escolas públicas e privadas, que fazem serviço público, deve existir possibilidade de diferenciar trajectos em função do que são os projectos de escola, mas tal só é possível com um sistema de avaliação que permita aquilatar até que ponto essa diferenciação é vantajosa ou não.

Ganharíamos, no futuro, em ter uma diferenciação regulada. Não pode ser uma decorrente do voluntarismo ou da desregulação porque não creio que tal seja positivo. O que pretendo propor aos conselheiros do CNE é que façam precisamente uma reflexão em torno do tipo de sistema de ensino, que tipo de escola, querem daqui a 20 anos e que essa análise seja feita com base em reflexão, em produção e conhecimento para que possamos municiar os decisores políticos com informação e opções sustentadas, que poderão ser, no fundo, bases de confiança e eventualmente de compromisso.

O anterior CNE elaborou vários pareceres críticos em relação a várias apostas do actual ministro, nomeadamente em relação ao fim das áreas não curriculares ou aos chamados mega-agrupamentos. Quer pronunciar-se?

Estão feitos, fazem parte do património do CNE e, como tal, têm de ser respeitados.

O anterior CNE considerou, por exemplo, que os chamados mega-agrupamentos punham em causa a autonomia das escolas.

Tenho uma opinião completamente diferente. Mas é a minha opinião. A do Conselho é essa até novo contributo ou nova avaliação. Compreendo que os senhores conselheiros queiram ter opinião própria sobre as coisas, mas a única exigência que faço, e é a proposta que apresentarei em Setembro, quando tivermos a primeira reunião, é que não basta ter opinião, é necessário fundamentá-la e justificá-la. Eu, como professor, não aceito que um aluno meu diga que as coisas são assim porque acha que sim. Digo sempre nestes casos: aqui ninguém acha, em ciência não se acha, ou se demonstra ou não se demonstra.

A avaliação das escolas voltará então a ser objecto de análise por parte do CNE?

Todos dizemos que defendemos a autonomia, mas o que não se diz é como essa autonomia se pode concretizar. Há muita gente que no plano do discurso a defende, mas que na prática não a quer. A autonomia tem a ver com sistemas de descentralização e é isso que é importante. O ministério não vai ter, aliás já não tem, capacidade de gerir tudo até ao mais ínfimo pilar. Tem que existir partilha de responsabilidades, mas com efeitos.

A autonomia tem de ser acompanhada de uma alteração dos mecanismos de colocação dos professores. A própria lei de bases tem um artigo em que se defende a fixação dos professores às escolas. Mas esse mecanismo nem sempre é respeitado em função do mérito, mas sim dos vínculos ou da antiguidade. E esse é o problema. As escolas públicas, para se valorizarem, têm de poder escolher os seus professores e o ministério tem de ter a capacidade de seleccionar os melhores.

Através da prova de acesso à profissão que o ministro Nuno Crato quer agora implementar?

Não falo sobre os instrumentos. O que defendo é que têm de existir critérios de mérito. O Estado tem o dever e a obrigação de escolher os melhores, mas a forma como o faz diz respeito ao Governo e não ao CNE. Há muitos instrumentos para tal, muitas experiências internacionais.

A formação inicial de professores está entregue quer às escolas superiores de educação, quer às universidades e o ministério não tem qualquer capacidade de regulação sobre os conteúdos e a forma como esses candidatos a professores são formados inicialmente

E devia ter?

Não. Defendo que essas escolas devem ter autonomia na forma como ensinam e que o ministério deve ter autonomia na forma como selecciona. Tudo isto prende-se com a chamada condição docente. O que faz de um candidato a professor um professor? E é todo este trajecto, desde a formação inicial à profissionalização, que vou propor para debate no CNE. Se temos um sistema de recrutamento que não garante que tenhamos os melhores professores, então o CNE deve pronunciar-se. Mas para o fazer é necessário um estudo sobre a evolução das formas de recrutamento, da relação entre a carreira e a formação inicial, de qual o papel da formação contínua. Tudo isso tem de ser analisado de modo a que também se produza conhecimento.

O ministério cortou drasticamente na colocação de professores contratados, o que levou no último ano a um envelhecimento notório do corpo docente das escolas. Tendo em conta as características actuais dos alunos, esta situação poderá criar ainda mais problemas nas escolas?

Penso que o problema mais sério tem a ver com o de alguma injustiça intergeracional. Sabemos que o sistema está a emagrecer e que o número de lugares disponíveis para novos professores tende a diminuir, mas não creio que este fenómeno se vá manter por muito mais tempo. Pela simples razão de que o envelhecimento da classe docente levará a que mais tarde ou mais cedo muitos terão de passar à reforma e serão criadas oportunidades para outros. E é nessa altura que devemos ter definida qual a estratégia para que a escola pública possa escolher os melhores professores.

Existem professores a mais?

Depende daquilo que queremos. Que tipo de ensino, de currículo. Se calhar, para o tipo de ensino actual, temos professores a mais, para outros modelos talvez não. O que não pode acontecer é ajustar-se a oferta curricular para ocupar docentes. Em muitos casos, temos observado, mesmo nas chamadas vias profissionalizantes, que muitas delas estão a produzir para o desempenho. Esta adequação entre aquilo que a escola forma e aquilo que o mercado de trabalho precisa é outro tema que deve ser reflectido. Temos de ser muito rigorosos nesta adequação. Porque uma coisa é darmos cursos em função dos recursos docentes que temos e outra é dá-los em função das necessidades do mercado de trabalho, e deve ser esta última opção a vingar. Tanto no ensino secundário, como superior. Mas não creio que tenhamos de sacrificar a componente de formação geral - as escolas têm de continuar a formar cidadãos e pessoas que saibam pensar. Já no que diz respeito às componentes de formação específica, tem de se criar alguma flexibilidade na construção das ofertas, de modo a que se possam adaptar mais facilmente às necessidades do mercado de trabalho.

A oferta de cursos profissionais nas escolas secundárias públicas começou no seu mandato. Agora o ministro Nuno Crato quer ter 50% dos alunos do secundário nestes cursos. Concorda?

Sempre advoguei que esta oferta devia ser planeada, de crescimento relativamente sustentado e não explosivo, como sucedeu já depois de ter abandonado o Governo. O objectivo proposto pelo actual ministro é idêntico ao que já fora apontado por Maria de Lurdes Rodrigues. A questão que se me levanta é: porquê 50%? Ainda ninguém me explicou. Dizem que na Alemanha também é assim, mas a estrutura industrial e produtiva alemã é completamente diferente da nossa. Penso que há aqui algum voluntarismo e que, face à conjuntura económica actual e à necessidade de aumentarmos a nossa taxa de escolarização superior, porque vamos precisar de mais licenciados em algumas áreas, deve ser ponderado.

Como professor universitário, tem a percepção de que os alunos que chegam do secundário estão hoje pior preparados do que estavam há alguns anos?

Não, pelo contrário. Estão melhor. São mais cultos, estão mais abertos para as tecnologias da informação e não creio que escrevam pior ou que dêem mais erros, como muita gente diz.

Há outro tema ainda que vou propor para avaliação do CNE e que tem a ver com o modo como tem evoluído a rede escolar em todos os níveis de ensino, para não andarmos a falar de coisas que não sabemos.

Não é por acaso que os resultados escolares melhoraram, nomeadamente nos testes internacionais. Temos pais mais escolarizados, temos escolas e condições de aprendizagem melhores do que há 10 anos, temos professores melhor formados. E os miúdos são melhores também.

E, no entanto, os resultados dos exames nacionais voltaram a piorar.

É uma das questões que o CNE também deverá analisar. Já temos mais de 15 anos de exames nacionais e por isso dispomos de um manancial de informação que precisa de ser analisado. É desejável que o sistema de exames tenha estabilidade. Os exames são um instrumento entre vários instrumentos de avaliação, mas é aquele que é socialmente mais reconhecido. Nesse sentido, tem que haver um esforço para a sua credibilização, que passa por criar um sistema em que os resultados sejam comparáveis de ano para ano. Tudo depende muito de como são feitos os exames e as correcções. O papel das correcções é muito importante.

Por que decidiu continuar como consultor do Presidente da República?

Por uma questão de lealdade e porque não colide com estas minhas novas funções, uma vez que, em Belém, nunca me ocupei das questões da educação. Sou consultor para os Assuntos Sociais.
 
Por Clara Viana, in Público, 05/08/2013.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013


workshop

Dislexia e outras Dificuldades de Aprendizagem



Início da Formação :: 16 de Setembro de 2013
Término da Formação :: 18 de Setembro 2013
Duração :: 12 Horas
Horário :: Das 18.30H às 22.30H
Local :: Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso

Rua Dr. Carneiro Pacheco, 458
4780-446 Santo Tirso

Formador :: Octávio Moura Licenciado e Mestre em Psicologia. Especialista na área da Dislexia e noutras valências psicológicas. Trabalha a nível clínico em consulta psicológica de crianças e jovens. Docente universitário e colaborador em projetos de investigação científica no ensino superior. Vasta experiência pedagógica na formação de psicólogos, professores e outros técnicos superiores da educação e saúde. Formador com Certificado de Formador de Professores (CFP) e Certificado de Aptidão Profissional (CAP). Psicólogo credenciado pela DREN para efeitos de avaliação psicopedagógica.

Destinatários :: Técnicos que lidam com estas problemáticas (psicólogos; professores; educadores; terapeutas; assistentes sociais; profissionais ligados à saúde e educação; estudantes de ensino superior e também pais de crianças com estas problemáticas).

Data Limite de Inscrição :: 10 de Setembro de 2013


Facilidades de Pagamento!
80 Euros (Inscrições Individuais)
70 Euros (Inscrições em Grupo de 3 ou mais pessoas )



quinta-feira, 8 de agosto de 2013


Educação especial no bom caminho mas com muitas falhas ainda
 

Por Catarina Durão Machado
Escolas devem apostar mais na formação interna e na transição dos alunos para a vida pós-escolar, conclui inspecção

Há alunos surdos sem ensino de Língua Gestual Portuguesa (LGP), alunos cegos sem ensino de braille e, nalgumas escolas, as acessibilidades e equipamentos não estão ainda adaptados aos alunos com necessidades educativas especiais (NEE). Mas os esforços feitos no sentido da inclusão têm tido resultados positivos e também tem crescido o grau de satisfação de pais e encarregados de educação.

Estas são algumas das conclusões a que chegou a Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) no relatório Educação Especial: Respostas Educativas, referente ao ano lectivo de 2011/2012 e agora divulgado. O estudo, resultante de uma inspecção realizada a 97 agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas de todo o país, teve como principais objectivos a análise de documentação relativa aos alunos com NEE, a observação de contextos educativos e a verificação de instalações e equipamentos utilizados por estes alunos.

As escolas inspeccionadas, a grande maioria dotada de unidades de ensino estruturado para alunos com perturbações do espectro do autismo, multideficiência, surdocegueira congénita, surdez, cegueira e baixa visão, foram seleccionadas com vista a atestar se estes estabelecimentos de ensino apresentam as condições necessárias para dar respostas adequadas às populações que acolhem.

Assim, de um universo total de 138.548 alunos abrangidos pelos 97 agrupamentos e escolas não agrupadas, a IGEC concluiu que 6343 (cerca de 4,6% do total) eram alunos com NEE, a grande maioria a frequentar o 1.º e 2.º ciclos do ensino básico. Num total de perto de cinco mil turmas analisadas, 3489 tinham alunos com NEE, sendo que apenas metade beneficiava da redução do número de alunos prevista na lei.

Como aspectos críticos ao nível da oferta escolar, o relatório destaca que os alunos cegos e com baixa visão "apresentam níveis baixos do acompanhamento específico em algumas disciplinas". Das 12 escolas inspeccionadas que então acolhiam alunos com este tipo de deficiência, duas não tinham, em 2012, ensino de braille, três não beneficiavam de orientação e mobilidade e quatro não tinham treino de mobilidade. Quanto às nove escolas que acolhem alunos surdos, cinco não tinham a LGP como língua materna desde a educação pré-escolar e, em quatro, os alunos não dispunham do serviço de intérpretes de LGP.

O relatório salienta ainda que a maior parte destas escolas não organiza processos de transição dos alunos para a vida pós-escolar, tal como não consegue dar resposta à sua integração social em parceria com outras instituições. Continua também a haver um défice de técnicos, docentes e intérpretes para lidar com o número de alunos com NEE.

David Rodrigues, presidente da Pró-Inclusão - Associação Nacional de Docentes de Educação Especial, considera "meritório" que o estudo tenha sido produzido e divulgado, tendo em conta "a falta de cultura avaliativa sobre as políticas da educação especial" no país. Apesar de se mostrar satisfeito com o número de escolas que têm apostado na inclusão destes alunos e na preparação dos profissionais envolvidos, David Rodrigues considera que ainda há muito a fazer, nomeadamente na resposta a dar perante a transição dos alunos com NEE para o ensino secundário ou na forma restritiva como muitos destes alunos se mantêm "confinados às unidades", que praticam ainda "valores menos inclusivos".

"Precisamos de criar estruturas de apoio a todos os alunos que apresentem dificuldades na escola e de aumentar recursos para evitar má pedagogia, abandono precoce e insucesso", alerta o presidente da Pró-Inclusão.
 
in Público, 30/07/2013.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013


 

 

Autismo, Hoje: Práticas terapêuticas com crianças autistas – Formação Contínua
 

Destinatários 

Educadores de infância, professores, psicólogos, pedopsiquiatras, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, terapeutas da psicomotricidade, musicoterapeutas e terapeutas da fala
Finalistas do mestrado integrado de Psicologia e das outras áreas
Finalistas de 2ºs ciclos de Psicologia (desde que habilitados com 1ºciclo em Ciências Psicológicas ou Psicologia)
Objectivos 

Transmitir uma visão actualizada das perturbações do espectro do autismo
Defender uma visão multidisciplinar do diagnóstico, com definição da estrutura psicopatológica e das orientações terapêuticas
Vincar a necessidade de um trabalho muito próximo com as famílias

Competências 

Conhecimento actualizado sobre as Perturbações do Espectro do Autismo
Realizar uma aproximação multidisciplinar do diagnóstico e da intervenção com crianças com Perturbações do Espectro do Autismo
Trabalhar com pais de criança com Perturbações do Espectro do Autismo
Programa 

Abordagem multidisciplinar do diagnóstico e da terapêutica no autismo.

A criança autista, para além do autismo.

O apoio psicoterapêutico à criança autista.

Intervenções psicomotoras nas crianças autistas.

A musicoterapia nas crianças autistas.

Os métodos ‘floor-time’ e equitação psicoeducacional no trabalho com crianças autistas

O método ‘Son-rise’ no trabalho com as crianças autistas.

Os pais das crianças e jovens autistas, em rede de solidariedade e entreajuda

Metodologias 

Focagem da aproximação multidisciplinar em exposições teórico-práticas, com a apresentação e discussão de casos de crianças e jovens autistas, com ênfase na vertente terapêutica

Duração

16 horas

 Calendarização

Sábado, Outubro 12, 2013 – 11:00 – 13:00

Sábado, Outubro 19, 2013 – 11:00 – 13:00

Sábado, Outubro 26, 2013 – 11:00 – 13:00

Sábado, Novembro 2, 2013 – 11:00 – 13:00

Sábado, Novembro 9, 2013 – 11:00 – 13:00

Sábado, Novembro 23, 2013 – 11:00 – 13:00

Sábado, Novembro 30, 2013 – 11:00 – 13:00

Sábado, Dezembro 7, 2013 – 11:00 – 13:00