Para prevenir a disgrafia... vamos exercitar a caligrafia

            É comummente aceite que o meio mais eficaz para ensinar caligrafia é o recurso a uma abordagem cinestésica e multissensorial. Há que fazer apelo à totalidade do corpo do aprendiz no momento em que ele está a ser instruído para a escrita. Assim, aconselha-se o professor a verbalizar o movimento enquanto o executa, agindo da mesma forma quando pedir à criança para repetir o mesmo exercício. Importa visualizar e verbalizar um padrão de movimento associando-o à  ação.

Ensinar a desenhar uma letra ou um número

Iniciar o traçado da letra ou do número, com o dedo molhado, no quadro, dizendo que movimento o dedo executa, enquanto vai surgindo o desenho.

Pode começar-se pelas vogais, e depois pela letra inicial do nome da criança.

Por exemplo, a letra i:

começo aqui em baixo, subo devagarinho, fazendo uma curvinha para fora e paro, volto para baixo, um pouquinho em cima do mesmo risco, e faço uma curvinha para dentro. Agora coloco um pontinho/uma gotinha em cima da letra.

                                             

               

     - É importante que esta ‘lengalenga’ do desenho da letra seja repetida inúmeras vezes, para que a criança tome consciência dela e a memorize, ajudando-a, assim, a mecanizar o traçado da letra.

     - Repetir o exercício, sempre a acompanhar com a verbalização da direcionalidade do desenho da letra (a “lengalenga”), com os olhos fechados; depois com os olhos abertos;

    - Pedir que execute o mesmo exercício, escrevendo com o dedo no ar;

    - Propor a mesma tarefa em materiais como: uma caixa com areia / com farinha/     pó-de-talco /creme/espuma/tinta ou outro material que permita visualização do traçado a ser executado.

                                            

    - Posteriormente, pode solicitar-se que o desenho da letra seja executado em colagem: com cereais/lã ou outro tipo de fio/massinhas; bolinhas de papel….

                                       

    - Depois desta exercitação, pode sugerir-se à criança que tente desenhar a letra trabalhada no papel, ao mesmo tempo que repete a lengalenga do traçado da letra.

O procedimento deve ser o mesmo para cada letra nova ou número que se pretenda venha a ser desenhado pela criança.