sexta-feira, 12 de abril de 2013

Relatório "Estado da Educação 2012": Portugueses melhores que alemães e franceses

Portugueses melhores que alemães e franceses
Há cada vez mais alunos a frequentar o ano adequado à sua idade e as notas conseguidas nas avaliações internacionais já colocam os estudantes portugueses à frente dos alemães, franceses ou suecos, revela o relatório "Estado da Educação".

Em apenas uma década, o percurso escolar dos alunos portugueses tornou-se menos perturbado por retenções.

O número de alunos nas salas de aula aumentou e o sucesso escolar melhorou, segundo o relatório "Estado da Educação 2012 - Autonomia e Descentralização" hoje divulgado, que fala em "progressos assinaláveis na prevenção do abandono escolar".

Entre o ano de 2000/2001 e 2010/2011, o ensino pré-escolar passou a receber mais crianças, assim como o 1º ciclo registou um aumento de meninos.

O relatório, realizado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), diz que quase 100% das crianças e jovens entre os seis e os 16 anos frequentavam uma escola no ano letivo de 2010/2011.

Entre os alunos de 16 anos, por exemplo, registou-se um aumento de 12 pontos percentuais em apenas uma década.

As escolas também passaram a ter muito mais adolescentes de 17 anos nas salas de aula: em 2001, um em cada quatro estudantes tinha desistido de estudar, já em 2011 apenas 8,8% não frequentava a escola.

Além de haver menos abandono, o relatório sublinha o facto de o insucesso escolar também estar a diminuir.

No entanto, ainda há muitos estudantes que não frequentam o ano que deveriam. Por exemplo, no ano letivo de 2010/2011, um em cada quatro alunos de 12 anos ainda não tinha chegado ao 3º ciclo.

Os rapazes são quem apresenta mais dificuldades em frequentar o ano correspondente à idade, segundo uma tabela apresentada no relatório, que mostra que no 12º ano há 55% de mulheres com a idade ideal enquanto os homens são apenas 45%.

O "Estado da Educação" mostra ainda as zonas do país onde as retenções são mais reduzidas (como Braga, Viana do Castelo ou Aveiro) e outras estão sempre acima da média nacional (como Lisboa, Setúbal, Évora, Portalegre, Beja e Faro).

O CNE chama a atenção para o risco de um "considerável número de jovens" chegar aos 18 anos e abandonar a escola sem ter terminado o ensino secundário.

No entanto, nem tudo são más notícias: a presidente do CNE, Ana Maria Bettencourt, sublinhou a melhoria dos resultados alcançados pelos alunos portugueses nas avaliações internacionais de leitura, matemática e ciências.

De acordo com os exames realizados aos alunos do 4º ano, os portugueses ficaram em 13º lugar, com a mesma pontuação que a Alemanha, Holanda ou Suécia e á frente de países como a França, Áustria ou Noruega.

Na prova de matemática, os alunos portugueses do 4º ano ficaram em 14º lugar num ranking de 50 países, à frente da Alemanha, Suécia e Noruega, sublinhou Ana Maria Bettencourt.

In, Lusa, publicado por Lina Santos, 10/04/2013.

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