quarta-feira, 5 de junho de 2013

Ação de Formação de Discalculia


      Decorreu, no passado sábado, dia 1 de junho, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL), o Colóquio subordinado à temática da Discalculia.
      Este evento, moderado pela Dra. Manuela Duarte, teve como preletor o Professor Doutor Rafael Pereira e contou com a participação de 64 profissionais da educação (professores; psicólogos; terapeutas da fala) e encarregados de educação.
      Desta tarde de partilha de conhecimentos e de mútuas aprendizagens, ficou a vontade de replicar eventos desta natureza!
      A APAFID agradece, a todos os presentes, o apoio manifestado!




A discalculia pode definir-se, de forma sucinta, como um "distúrbio de aprendizagem que interfere negativamente com as competências de matemática de alunos  (Rebelo, 1998a, p. 230) , traduz-se numa "desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa compreender e manipular números." (Filho, 2007).
Uma criança discalcúlica apresenta dificuldades a vários níveis (Rebelo, 1998a; Vieira, 2004 cit. por Silva, 2008a; Filho, 2007; Sacramento, 2008; Cruz, 2009; A.P.P.D.A.E., 2011a e Geary, 2011):

          - na compreensão e memorização de conceitos matemáticos, regras e/ou fórmulas;
           - na sequenciação de números (antecessor e sucessor) ou em dizer qual de dois é o maior;
           - na diferenciação de esquerda/direita e de direções (norte, sul, este, oeste);
           - na compreensão de unidades de medida;
           - em tarefas que impliquem a passagem de tempo (ver as horas em relógios analógicos);
           - em tarefas que implicam lidar com dinheiro;
           - na resolução de operações matemáticas através de um problema proposto (podem compreender "3+2=5", mas incapazes de resolver "A Maria tem três bolas e o João tem duas; quantas bolas têm no total?");
           - na correspondência um a um/correspondência recíproca;
           - na conservação de quantidades;
           - na utilização do compasso ou até mesmo da calculadora (reconhecimento dos dígitos e símbolos matemáticos).

BIBLIOGRAFIA:

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE PESSOAS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ESPECÍFICAS (2011a). Discalculia. Acedido a 9 de março de 2011 em http://www.appdae.net/discalculia.html.

COELHO, Diana Tereso, Dificuldades de aprendizagem específicas. Dislexia, Disgrafia, Disortografia e Discalculia, Porto, Areal, 2013.

CRUZ, V. (2009). Dificuldades de Aprendizagem Específicas. Lisboa: LIDEL - Edições Técnicas, Lda.

FILHO, C. R. C. (2007). Jogos Matemáticos para estimulação da inteligência nos distúrbios de Discalculia. Acedido a 9 de março de 2011 em http://www.webartigos.com/articles/2067/1/Jogos-Matemaacuteticos-Para-Estimulaccedilatildeo-Da-Inteligecircncia-Nos-Distuacuterbios-De-Discalculia/pagina1.html#ixzz1JnDUXM53

GEARY, D. C. (2011). Discalculia em idade precoce: características e potencial de influência sobre o desenvolvimento socioemocional. EUA: University of Missouri.

REBELO, J. A. (1998a). Dificuldades de Aprendizagem em Matemática: as suas relações com problemas emocionais. Coimbra: Revista Portuguesa de Pedagogia, 2, 227-249.

SACRAMENTO, I. (2008). Dificuldades de Aprendizagem em Matemática-Discalculia. Acedido a 30 de dezembro de 2011 em http://www.artigonal.com/educacao-artigos/dificuldades-de-aprendizagem-em-matematica-discalculia-860624.html.

 SILVA, M. C. (2008a). Dificuldades de Aprendizagem em Matemática: A manifestação da discalculia. Acedido a 3 de dezembro de 2011 em http://proftina.pbworks.com/f/A0427.pdf.

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